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Edmilson Oliveira

Edmilson Oliveira

Ilha da Praia, CaboVerde​

Edmilson tem 22 anos e é estudante de licenciatura em engenharia civil na Universidade da Beira Interior.

"Sempre estou sozinho, mas, nem sempre estou sozinho"

O que eu trouxe de lá para cá? Em 2015, optei por estudar em Portugal. Na época, quando procurava uma universidade para estudar, meu Pai aconselhou-me a escolher um lugar calmo, diferente de Lisboa e Porto. Conhecia alguém que estudava na Covilhã e busquei referencias, até que decidi vir pra cá porque é uma cidade calma e parecida com a ilha de Santo Antão, em Cabo Verde.

No início a minha adaptação foi complicada, me sentia muito sozinho, mas tive um grande apoio da CABOUBI, uma associação de cabo-verdianos na UBI e em duas semanas fiz muitas amizades com cabo-verdianos.

 

Aproveitei o meu momento por aqui e me reinventei como DJ. Comecei a tocar com 13 anos e era conhecido como puto maravilha em Cabo Verde, mas por pressão do meu pai tive que abandonar essa atividade para me dedicar aos estudos.

 

Aqui na Covilhã comecei a tocar nas noites, onde sou conhecido como DJ Txubi e tem sido um desafio porque aqui são outros ritmos.  Em Cabo Verde tocava afro, funaná e quizomba, aqui toco mais música comercial, mas se tiver africanos faço misturas. Sempre deixo a minha identidade, com músicas afro. 

O que eu levo de cá para lá? Se eu pudesse, levaria o frio.

 

Gosto muito do frio daqui e gostaria que as pessoas de Caboverde sentissem um pouco desse frio diferente. 

O que eu mais gosto na Covilhã? O carinho das pessoas.

 

Antes de vir para cá ouvi falar sobre o racismo no norte de Portugal e vim com imenso receio, mas quando cheguei aqui logo fui bem recebido e acariciado pelas pessoas e eu não esperava isso.

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